Beijing, 8 dez (Xinhua) -- Um importante grupo de consultoria da China prevê que o produto interno bruto (PIB) do país crescerá cerca de 10% em 2011 com controles macroeconômicos efetivos.
"Se os controles macroeconômicos da China puderem ser mantidos relativamente estáveis, a economia chinesa manterá um crescimento relativamente rápido em 2011", diz o Livro Azul de Economia 2011 da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS).
O relatório identifica as forças domésticas de impulso ao crescimento, as condições econômicas mundiais e a efetividade dos controles macroeconômicos como os três fatores principais que influenciarão a economia da China no próximo ano.
Depois da crise financeira mundial, as autoridades procuraram reforçar o papel da demanda interna, mas a economia se tornou mais dependente do investimento, principalmente como resultado das políticas de estímulo que o governo aplicou durante a crise mundial, disse a ACCS.
A economia da China também enfrenta maiores incertezas nos mercados internacionais porque a recuperação da economia mundial se tornou mais complicada, de acordo com a academia.
Como o investimento no setor imobiliário representa 20% do investimento total em ativos fixos do país e o setor está estreitamente relacionado a muitos outros setores, as medidas do governo central para esfriar o mercado habitacional exercerão uma pressão desaceleradora sobre o crescimento, disse a ACCS.
O controle e regulamentação mais rigorosos do governo central sobre as fontes de financiamento dos governos locais também desacelerarão o ritmo do crescimento do investimento, indica o relatório.
Ainda assim, a ACCS prevê que a economia chinesa crescerá 9,9% em 2010.
De acordo com dados oficiais, o PIB da China cresceu 9,6% no terceiro trimestre, menor que 10,3% do segundo trimestre e 11,9% do primeiro trimestre. De janeiro a setembro, a economia cresceu 10,6% em termos anuais.
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