Embaixador chinês Cui Aimin publica artigo no Jornal de Angola
 
2018-03-17 22:21

Em 17 de Março de 2018, o Jornal de Angola publica artigo escrito por Embaixador Cui Aimin, titulado "Vento em popa para inciar uma nova jornada nas relações entre a China e Angola". O texto inteiro segue-se em seguinte:

Primavera é tempo para planejar. Nos meses de Março, época de primavera na China, realizam-se em Beijing as sessões plenárias da Assembléia Popular Nacional (APN) da República Popular da China, e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), momento para fazer planejamento do desenvolvimento do país. Trata-se dos mais importantes eventos na agenda política chinesa, que ataem atenção do mundo inteiro. Este ano, por ser o primeiro ano na implementação da diretriz definida pelo 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, além de celebrar os 40 anos de Reforma e Abertura, os dois eventos se vestem dum significado especial.

Nos últimos 5 anos, o desenvolvimento económico-social da China alcançou resultados históricos, que se interpretam nas mudanças históricas do país. O PIB chinês cresceu de 54 trilhões de RMB Yuan a 82,7 trilhões, um aumento médio anual de 7,1%, o que traz consigo mais 66 milhões de novos empregos. O bem-estar do povo chinês testemunha uma constante melhoria, com 68 milhões de pessoas saíndo da pobreza e um crescimento anual de 7,4% na renda per capita, bem acima do cresimento económico. Como resultado, a China conta hoje com a maior grupo de classe média do mundo.

Ao mesmo tempo, não podemos esquecer que a China continua ser o maior país em desenvolvimento, que enfrenta numerosas dificuldades e desafios no seu caminho de desenvolvimento, com destaque da imparidade entre crescente expectativa por uma vida melhor para seu povo e o desenvolvimento ainda insuficiente e desequilibrado, situação que nos exige continuar no caminho escolhido, superando as dificuldades sempre através do aprofundamento das reformas. Neste contexto, chamam atenção algumas medidas mais importantes adoptadas pelas duas sessões. Primeiro, a aprovação da emenda constitucional que tem como objectivo fortalecer e aperfeiçoar o mecanismo de liderança do Estado. Com amplas consultas prévias a diferentes setores da sociedade, a emenda passou na votação com uma grande folga, demonstrando a vontade comum dos delegados e de toda população chinesa. Segundo, a decisão de instalar a Comissão Nacional da Supervisão, uma mudança de cima para baixo no sistema de inspecção e supervisão do país, que reflete o princípio de governação baseando nas leis. Terceiro, a aprovação do plano de reforma institucional do Conselho de Estado, orgão supremo do poder executivo, dando início duma profunda reforma que visa a modernização da estrutura administrativa e da capacidade de governação. Estas três medidas, que refletem o corrente da nossa época e as exigências da nossa nobre causa, vão impulsionar novos avanços do Socialismo com Característica Chinesa. No final da sessão APN, vai-se eleger o presidente da república e aprovar a composição do novo governo para governar a China nos próximos 5 anos.

O mundo está de olhos nas Duas Sessões da China, porque o desenvolvimento da China não apenas traz benefícios ao seu próprio povo, mas também abre novas oportunidades ao mundo. Nos últimos 5 anos, a China contribuiu 30% do total crescimento económico do mundo. Nos próximos 5 anos, vamos importar mais de 8 trilhões de dólares americanos de mercadoria, investir mais de 700 bilhões no exterior como IED, e distribuir 700 milhões turistas ao mundo afora, fatores que dão grande impulso ao desenvolvimento mundial. A China terá como missão fazer uma maior contribuição a toda humanidade. Com o objectivo duma comunidade de destino comum, promoveremos um novo modelo de relações internacionais baseado nos princípios de respeito recíproco, justiça e imparcialidade, cooperação de benefício, construindo um mundo de paz duradoura, segurança generalizada, prosperidade compartilhada, abertura compreensiva, e com meio-ambiente bem-protegido.

A África é um parceiro indispensável na jornada rumo à comunidade de destino comum. A China e a África enfrentam tarefas comuns no seu desenvolvimento, compartilham interesses estratégicos e possuem uma grande perspectiva de cooperação. A China sempre liga o seu desenvolvimento estreitamente com o desenvolvimento dos países em desenvolvimento em geral, que inclui os africanos. O Presidente Xi Jinping apontou bem que "a China e a África estabeleceram amizade na adversidade,uma amizade nunca mais esquecível. Nada quebra a amizade Sino-Africana, nem a transformação do mundo, muito menos as palavras dos outros." A China vai sempre insistir nos princípios de realidade, efectividade, afinidade e sinceridade nas suas cooperações com a África, promovendo sua melhoria constante, oferecendo novo dinamismo e oportunidade para o desenvolvimento sustentável da África.

As relações sino-angolanas têm sido um exemplo da cooperação de benefício mútuo e desenvolvimento comum entre a China e a África. Neste momento, o Socialismo com Características Chinesas entrou na Nova Era, e Angola num novo círculo de desenvolvimento, propocionando as relações bilaterais, que já são excelentes, uma nova janela de oportunidade. Insistindo nos princícios de amizade sincera e de tratamento de igualdade, esperamos aproveitar a realização da Cimeira de Beijing do Fórum de Cooperação China-África, prevista para este ano, para intensificar as visitas e diálogo de alto nível, aprofundando a confiança política mútua entre os dois países. Esperamos elevar o nível de cooperação bilateral, em particular, melhorar a qualidade e eficiência da cooperação economica-comercial, promovendo sua transformação, com o aperfeiçoamento no mecanismo de nossa cooperação em financiamento e investimento, contribuindo para a diversificação económica de Angola. Esperamos aprofundar o intercâmbio e cooperação nas áreas sociais como a saúde, saneamento e combate à pobreza, aumentar as trocas culturais, assim como tirar melhor proveito economico-social das obras da doação do Governo chinês, para melhor concretizar a nossa cooperação de ganhos compartilhado e o nosso desenvolvimento comum.

A Primavera é uma estação de esperança. As esperançosas "Duas Sessões" chinesas em curso não só abrem nova perspetiva para a China e às suas relações com o mundo, como também acrescentam novo dinamismo nas relações sino-angolanas. Sendo grandes amigos, parceiros e irmãos, a China e Angola vão trabalhar de mãos dadas para inaugurar a nova jornada das suas relações de cooperação amistosa e da parceria estratégica.

 

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