ANGOP Luanda – Os governos de Angola e da China manifestaram hoje, sábado, em Luanda, a disponibilidade em estabelecer o mecanismo de funcionamento da comissão bilateral, com o objectivo de reforçar a cooperação em todos os domínios.

A pretensão vem expressa numa declaração conjunta sobre o estabelecimento da parceria estratégica entre os dois países, distribuída à imprensa no final da visita do Vice-presidente chinês à Angola, Xi Jinping, iniciada na sexta-feira.

Segundo o documento, as duas partes consideram-se “parceiros estratégicos” e estão dispostas a dialogar sobre o aperfeiçoamento e reajustamento dos mecanismos institucionais em função do nível de relacionamento entre os dois países”.

A nota indica que Angola e China concordaram em aperfeiçoar e elevar constantemente os mecanismos e qualidade da cooperação económica e comercial com base no princípio da igualdade, vantagens recíprocas e desenvolvimento conjunto.

“Com vista a concretização dos projectos e programas em curso, as partes continuarão a encorajar e a apoiar empresas e instituições financeiras dos dois países, a aumentar o comércio e o investimento bilateral”, lê-se na declaração conjunta.

Decidiram igualmente dar ênfase à cooperação mutuamente vantajosa nos domínios da agricultura, indústria, infra-estrutura,

urbanismo, prospecção e exploração de recursos energéticos e minerais, telecomunicações, ambiente, cultura, recomendando-se a elaboração de programas plurianual nestes domínios, como instrumentos fundamentais para a cooperação bilateral.

De igual modo, manifestaram o empenho em reforçar o intercâmbio e a cooperação técnica nos domíniso da educação, saúde, ciência e tecnologia, desportos e comunicação social e em ampliar a escala da formação de recursos humanos, promovendo o desenvolvimento global da relações existentes.

Confirmaram que possuem amplo consenso e unanimidade para a salvaguarda dos interesses comuns dos países em

desenvolvimento, objectivando um crescimento mais justo e razoável da ordem política e económica internacional.

Os governos dos dois países manifestaram a vontade de intensificar consultas e a cooperação a nível dos organismos internacionais, tal como a ONU e Organização Mundial do Comércio (OMC) e a manter a concertação entre si sobre as questões importantes e actuais de âmbito regional e internacional.